terça-feira, 19 de junho de 2012

Nós e os micro-organismos.

Excelente reportagem da Folha Saúde nos traz informações do Projeto Microbioma Humano, financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA. Muitos artigos do estudo estão disponíveis na revista Nature. Nos estudos foram utilizados sequenciamento de material genético dos micro-organismos. O objetivo era estudar melhor as populações microbianas que colonizam o corpo humano.
Conclusões do estudo:
  •  Somos colonizados por 10 mil diferentes espécies de micro-organismos.
  •  Diferentes órgãos possuem diferentes populações.
  • Todos podem possuir potencialmente micro-organismos patogênicos, entretanto em pessoas saudáveis eles vivem em harmonia com os os outros micro-organismos.
  • Os micro-organismos são muito importantes no processo de digestão, quebrando proteínas, lipídeos e carboidratos, bem como  produzindo vitaminas.
James Versalovic (famoso pesquisador em microbiologia), pesquisador do projeto e chefe do departamento de patologia do Texas Children's Hospital, nos EUA, afirma que a maioria dos micróbios no corpo não causam doenças. "Esperamos que com esses dados as pessoas fiquem menos paranoicas e não usem antibióticos ou sabonetes bactericidas para tudo. Interferir no equilíbrio do microbioma pode causar mais danos que benefícios."
              Achei muito importante este comentário, o equilíbrio da ecologia microbiana também é tão importante quanto o equilíbrio da ecologia dos eucariotos.
 
Leia mais em: http://folha.com/no1104001

domingo, 10 de junho de 2012

Bactérias magnéticas podem ajudar a fabricar "biocomputadores".

Bactérias magnéticas poderiam ser usadas na fabricação de computadores biológicos no futuro, segundo pesquisadores britânicos e japoneses. Cientistas da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha, e da Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tóquio, no Japão, estão fazendo experimentos com micróbios que se alimentam de ferro. Uma vez ingerido pelos micróbios, o ferro é transformado em pequenos ímãs, semelhantes aos que são encontrados em discos rígidos de computadores. De acordo com os pesquisadores, a pesquisa, que foi divulgada na publicação científica "Small", pode permitir a fabricação de discos rígidos muito mais rápidos. As bactérias Magnetospirilllum magneticum, utilizadas na pesquisa, são micro-organismos naturalmente magnéticos, que costumam viver em ambientes aquáticos em regiões abaixo da superfície, onde o oxigênio é escasso. 

Leia mais em: Folha Ciência (http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1087169-bacterias-magneticas-podem-ajudar-a-fabricar-biocomputadores-dizem-cientistas.shtml).

E ai gente, lembraram desta bactéria da aula de magnetotaxia ?

sábado, 24 de março de 2012

MAPA ESTUDA ESTRATÉGIAS PARA AMPLIAR ZONA LIVRE DE FEBRE AFTOSA SEM VACINAÇÃO

          O Brasil está se estruturando para uma futura ampliação da zona livre de febre aftosa sem vacinação. De acordo com o diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques, no final de 2011 foi decidida a formação de um grupo de trabalho para auxiliar na reavaliação do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa.  “O grupo também estudará as estratégias necessárias para o fortalecimento dos mecanismos de prevenção da doença, que possibilitem ao país ampliar sua zona livre sem vacinação com o máximo de segurança e no menor espaço de tempo”, explica o diretor. A intenção é de que o Brasil possa estender sua zona livre sem vacinação onde for possível, após cumpridos os requisitos instituídos. Atualmente apenas o Estado de Santa Catarina é considerado livre da enfermidade sem vacinação.

     Marques explica que a suspensão da vacinação só poderá ser feita com autorização  federal. Atualmente, o Mapa é contrário à retirada da vacina sem o fortalecimento das medidas preventivas necessárias para minimizarem os riscos de reintrodução e difusão nas zonas livres. O diretor da DSA também salienta ser importante um estudo prévio de impacto econômico das regiões que vierem a pleitear esse status, já que a área sem vacinação sofrerá restrições para a entrada de animais e de produtos de origem animal, provenientes de áreas com status sanitário inferior.  O grupo de trabalho deverá subsidiar as futuras decisões sobre as áreas mais seguras e viáveis para retirada paulatina da vacinação. “Inicialmente, regiões centrais e do litoral parecem ser mais favoráveis para avançar nesse processo. As regiões de fronteira internacional deverão ser preservadas com vacinação e provavelmente devem ser as últimas a mudarem de status, dependendo da condição sanitária dos países vizinhos”, diz. Atuarão nesse grupo representantes de organismo internacional, de universidades, do setor público e privado.

Situação

      Hoje, 15 unidades federativas são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês) como livres de febre aftosa com vacinação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal. Além disso, detém esse status a região Centro-Sul do Pará, os municípios de Guajará e Boca do Acre e partes dos municípios de Lábrea e Canutama, todos no Amazonas.
      O Ministério da Agricultura reconhece como de risco médio de febre aftosa os seguintes estados: Alagoas, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e a região Centro-Norte do Pará, incluindo o Arquipélago do Marajó. Em alto risco encontram-se Roraima, Amapá e as demais áreas do Estado do Amazonas.
       De acordo com Marques, este ano, quase todo o Nordeste deve avançar para área livre com vacinação, além de quase toda parte do Pará que ainda permanece como risco médio, desde que os serviços veterinários estaduais corrijam, em tempo, as inconformidades observadas pelos auditores do DSA. “Com isso, a nossa meta é que o Brasil esteja livre da doença com vacinação até 2013”, afirma o diretor. Ele salienta que o objetivo dos países da América do Sul é erradicar a doença do continente até 2020. 

Fonte:  Assessoria de Comunicação CFMV (2012).

         Mudanças neste sentido devem ser muito bem estudadas, estariam estas regiões preparadas e com defesas sanitárias atuantes ? 
           O número de Médicos Veterinários atuando na defesa estadual e federal sem dúvida é um ponto crítico para garantir a manutenção ou melhora do status sanitário.

domingo, 18 de março de 2012

Bem Vindos alunos de Microbiologia Geral

Que neste primeiro semestre de 2012 possamos juntos descobrir muitos aspectos importantes relacionados aos microrganismos e suas relações com os animais, sejam elas benéficas ou desencadeadoras de doenças. 
Horário das aulas: 
Segunda-feira (07:30-09:10h, aula teórica)
Segunda-feira (09:30-11:10h  P4)
Quarta-feira (07:30-09:10 P3; 13:30-15:10 P1; 15:30-17:10 P2 )

Att.
Prof. Ariel E. Stella

Microrganismo é o ser vivo mais rápido do mundo

Cientistas da Universidade Regensburg, na Alemanha, descobriram que o ser vivo proporcionalmente mais rápido do mundo é a Archaea, um tipo de microrganismo unicelular capaz de percorrer em um segundo uma distância 500 vezes superior ao seu tamanho. O guepardo, que pode alcançar a velocidade de até 110 km/h, é considerado o animal mais rápido do planeta, mas em relação ao seu tamanho, o ser vivo mais veloz é, com uma medida de apenas 0,0001 milímetro, afirmaram os biólogos. As Archaea mais rápidas são capazes de percorrer uma distância de até 500 bps (sigla em inglês de "bodies per second", ou "corpos por segundo"). Segundo estes cálculos, para superar estes microrganismos unicelulares, o guepardo teria que ter uma velocidade de mais de 3.000 km/h, já que seus 110 km/h correspondem somente a cerca de 15 bps. A exorbitante velocidade não é o único fato excepcional sobre as Archaea, mas também seu exótico habitat, afirmam os cientistas. Os microrganismos se encontram principalmente próximos de emissões vulcânicas, ou seja, fontes de até 400ºC no leito oceânico. As Archaea dependem precisamente da velocidade para poder se manter de forma permanente nas águas a uma temperatura de cerca de 100ºC. Se fossem mais lentas, poderiam ser arremessadas pelo jato de água das emissões até a superfície do oceano, com temperaturas mortais de apenas 2ºC. Os cientistas fizeram outro surpreendente descobrimento. As Archaea não se caracterizam apenas por sua inigualável velocidade, mas também por variar seu movimento. Eles são aptas a se movimentar tanto em linha reta como em ziguezague. Para o professor Reinhard Wirth, do departamento da Universidade de Regensburg que estuda as Archaea, esta capacidade de variar a forma de deslocamento permite a estes velozes microrganismos detectar as condições de água ideais. 
Fonte: Folha Ciência (12/03/2012)

Grupo de Estudo em Doenças Bacterianas dos Animais Domésticos


·        Acadêmicos selecionados:
1.      Anna Beatriz Borges de Carvalho
2.      Bruna Ribeiro Arraes
3.      Danilo Santos da Silva
4.      Jordana de Souza Martins
5.      Laís Guerra Prado
6.      Lucas Silva Souza
7.      Priscila Gomes de Oliveira
8.      Ronaldo Inácio da Costa Filho
9.      Tayanne Gobbi Mendes
10.   Thays  Amanda Moraes de Oliveira
11.   Thaís Lucielle Vitor
12.   Wanessa Fereira Ataide

Reunião: 22/03/2012 as 11:15h (Quinta-feira) no laboratório de Microbiologia Veterinária.


sábado, 10 de setembro de 2011

Projetos que estão sendo realizados no Laboratório de Microbiologia Veterinária, UFG-Jataí:

1. Infecções do Trato Urinário em cães e gatos: Agentes, Sensibilidade a Antimicrobianos e Correlação entre cultura e EAS; 

2. O efeito da adição de pólen apícola na ração de frangos de corte sobre a presença e eliminação de APEC (Escherichia coli patogênica para aves) do trato digestivo.

3. Características genotípicas de isolados de Escherichia coli obtidos de propriedades leiteiras e laticínio.

*Acadêmicos interessados em participar dos projetos, procurar o professor no período da manhã.
Prof. Ariel E. Stella